terça-feira, 17 de agosto de 2010

Oi. Como vai você?

Oi. Como vai você?

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

O dia em que a São Judas parou

 Há muito, mais muito tempo estou pensando em mudar o foco do meu blog. Adoro meus textos poéticos, que muitas vezes me deixam com a sensação de "foi escrito por mim?", mas como eu sempre digo, escrever textos dramáticos e românticos exige que eu esteja numa bad sem fim e ultimamente não ando me sentindo no fundo do poço. Sendo assim, vou 're-inaugurar' o Pensamento Solto com algo totalmente inusitado que aconteceu na Universidade São Judas na noite de ontem, véspera de feriado.

Por volta das 19:40 recebi uma ligação a cobrar. Era a Bruna, imaginei. Achando que ela teria mais alguma duvida quanto ao trabalho do Edward, fiquei surpresa e perdida quando ela tentou me dizer que:


- São Judas, evacuada, trabalho semana que vem!
- Que? Bru, calma, respira e fala devagarrrr.
- Então, eu não sei o que aconteceu, mas apareceu o monitor, pedindo pra todos saírem da sala, que a faculdade precisaria ser evacuada. Parece que é um incêndio não sei direito, mas aqui no térreo está tudo tranquilo.
- Já ouvi dizer que a SJ faz isso, mas como simulação, para as pessoas saberem se portarem diante um incêndio...
- Ah meu, se for isso palhaçada, mas o professor falou para entregar o trabalho semana que vem. Dá tempo de corrigirmos algo que faltou.
- Sim, sim. Com certeza.
Barulho. Vozes, muitas vozes.
- É Gi, o Agnaldo passou aqui, parece que é um incêndio mesmo...
Fiquei um pouco em choque, porém ri da forma desesperada como a Bru passou as informações.

Diante de um primeiro fato jornalístico e tendo em vista a minha situação atual (joelho quebrado, repouso absoluto), a única forma de noticiar isso seria o twitter:

"Exclusivo e não é mentira: incêndio no oitavo andar da SJ. Faculdade evacuada."

O caro amigo jornalista, Leandro foi o primeiro a se manifestar. Contei a história pra ele. Alguns minutos depois, uma colega, que estava na faculdade, posta sobre ameaça de bomba na universidade:
"@machadoleandro ameaça???????????? hahahahahhahaha de quem??? da Anhembi Morumbi que quer mais alunos????"

Deu-se então uma sequência imensa de piadas, vindas do Leandro ou de mim.
O fato é que, eu não acreditei nessa história de ter uma bomba na SJ. Quem colocaria uma bomba ali? Por qual motivo? Estamos no Brasil, não no Iraque.

Qual é o ponto alto do jornalismo? O que vai tornar uma notícia boa ou não? Apuração. Não gosto de pessoas que publicam determinadas coisas dando absoluta certeza daquele fato sem apurar antes. Confiar na primeira fonte? Jamais. Comecei a ligar para todo mundo para ouvir as diferentes versões. Ao mesmo tempo que estavam em danger, muitos narravam o fato sorrindo.

Começamos a acompanhar outros meios de comunicação: televisão, rádio, internet.
A notícia veio da internet, obviamente confirmando que havia uma bomba no quarto andar do prédio. Ainda sim não acreditei. Continuava rindo do fato de terem evacuado a faculdade e a rua inteira.
Algumas horas depois o que eu esperava se conformou: alguém havia largado uma caixa com um relógio acoplado. Tudo não passou de uma piadinha de algum universitário fanfarrão.

Saldo final: uma comunidade no orkut, 2º e 4º lugar nos TT's de São Paulo, repercussão na Folha e Estado on line e muitos, mais muitos risos.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Começo a me arrumar. Tento pensar no ideal para vestir naquele grande momento. Nada depositado na mala me agrada. É verão naquela cidade e a noite está quente demais! Ou será que a ansiedade que aumenta minha temperatura?
Na cabeceira da cama, olho meu celular. O gesto me remete a conversa de horas atrás:
- Oi!!!
- Oi, como você está? - disse eu.
- Bem e você?
- Ótima! Tenho uma coisa a dizer... Estou aqui.
- Hum??
- Estou na sua cidade.
Do outro lado da linha, silêncio absoluto. O que deve ter sido aproximadamente três segundos, me pareceu uma eternidade.
- Me passa o endereço.
Peguei um cartão do hotel e fiz o que me pedira.
- Em duas horas estarei aí.
Trêmula, retiro um jeans da mala. Meu preferido. Finalmente decidi que não queria vestir nenhum personagem. Queria apenas ser eu, sem condições. Coloco o querido e estiloso tênis branco. Por fim, uma blusa qualquer.
Meu olho no espelho. Reconheço a boa e velha pessoa que sou. Sorri, como se tentasse me encorajar, o que foi em vão. Checo a hora no relógio de parede do quarto. Apenas vinte minutos nos separam do momento tão esperado.
Pego uma coca cola no frigobar. Aahhhh! Sinto o efeito da cafeína quase que instantaneamente. O efeito 'calmante' que cismei que ela me proporciona.
E então começo a andar de um lado para o outro, sempre de olho nos ponteiros do relógio, estes que pareciam estar emperrados.
Restando apenas 10 minutos e sem coca cola, resolvo sair do quarto. Entrego as chaves à recepcionista e digo que ficarei ali na frente do hotel. A simpática moça sorri, em sinal de concordância.
Sinto mais uma vez um calor incontrolável. Impossível que esteja tão quente às nove horas da noite! Tento expulsá-lo. Não quero suar demais.
Cruzo os braços. Descruzo. Sento. Levanto. Bato os pés, sacudo as mãos. O coração acelera, enquanto as mãos tremem no seu rítimo. Recomeço então, a caminhada, aquele lá e cá que não me levou a lugar algum.
E de repente escuto um barulho de motor. Nada extravagante. Diga-se de passagem, um motor tranquilo, silencioso. Não quero virar. Algo me diz que é ele. O coração pula de forma descontrolada!
O motor desliga. A porta bate. Ainda sim, não me viro. Me atento a cada ruído que possa vir daquele ser, mas não escuto absolutamente nada por um tempo, era como se ele também estivesse encorajando a si mesmo.
Respiro fundo e ao me virar, tenho um sobressalto.

Olho em volta e vejo as paredes do meu quarto. Escuto o celular tocando na bolsa.
Não posso acreditar que tudo passou de um sonho....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Eu e o Amor

Quero continuar cega, pois assim enxergo as borboletas dentro da minha cabeça. E não me esqueço o quão coloridas e graciosas são.
Não sinto o cheiro de nada e assim quero permanecer, afinal a podridão não alcançará minhas narinas.
Tatear objetos já não me é possível. Que seja assim. O contato com o palpável tiraria a minha bela visão do abstrato.
Para que serve a audição sendo que a música que toca em minha volta é bem mais agradável que qualquer voz humana que possa me puxar à realidade!
Se a brisa é quente ou fria não posso afirmar. Há tempos que não tenho noção de sensibilidade.
Quero um chocolate amargo. Na minha boca, ele será o mais doce de todos.
e por favor, me deixe assim.
Por mais idiota que pareça, permita-me isso, pois estes são os sintomas de amar.
Sou cega, perdi o olfato, a sensibilidade. Não escuto e meus sentidos estão trocados.
Não me julgues doente ou louca.
Apenas amo.
Amo incondicionalmente, de forma que perdi juízo. Ainda sim, para que preciso de realidade? Por que queres que eu veja o mundo como tu vês?
Guerras, tragédias, mortes, sentimentos negativos... E me tens como louca só porque amo?
Não me julgues. Carrego dentro de mim mais puro e verdadeiro dos sentimentos. Não faço mal a ninguém. Muito menos a mim.
Simplesmente amo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Incertezas

Do que são feitas? Quem as cria? Por que saltam na minha cabeça?
Quietas! Por que aparecem agora? Por que não me deixam dormir?
Não, querida! Não quero saber como serei daqui há dez anos. Pouco me importa se estarei casada, solteira ou viúva.
Hei você! Me deixe! Filhos? Se os terei? Que os tenha! E que tenham os nomes que eu idealizei por toda uma vida!
Amor? Profissão? Casa ou apartamento? Carro nacional ou importado? Que me importa saber disso! De que me adianta querer adivinhar o futuro se mal sei administrar o presente!
Por que vocês, amigas incertezas, insistem em me assombrar sendo que meu único desejo neste momento é dormir? Hum??
SILÊNCIO! Agora mesmo!! Saiam da minha cabeça! Voltem num momento mais adequado.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pessoas Especiais

Nessa coisa louca que se chama vida, muitas pessoas passam. Poucas são aquelas que se fazem presente e se mantêm pelo futuro a fora. Outras, você nunca mais verá, porém sempre lembrará com carinho devido aos momentos quem viveram juntos.
Na verdade, elas são especiais. Cada uma de uma forma. Você sabe que as amou de formas diferentes. Umas mais, outras menos. Mais amou.
Amou aquela que te fazia rir nos dias cinzentos. Amou aquela com melhor abraço.
Amou aquela que te acompanhava nas baladas. Aquela que parecia com você em muitos aspectos e até mesmo aquela que não se parecia em nada com você.
Amou as de gênio forte e as de gênio nem tão forte assim. Amou aquela que comia tudo que via pela frente com você. Amou as que estavam longe, pois o amor era tamanho que pareciam estar próximas.
Nunca esqueceu aquela que secava as suas lágrimas. Aquela que te ouvia e aconselhava, e até mesmo aquela que conseguia te encantar com um simples sorriso.
Umas pareciam ter um elo de outra vida com você. Afinidades, jeitos e trejeitos parecidos. Uma ligação que as palavras não conseguiam definir. Em contra partida, você também soube amar aquelas que eram o seu oposto.
Para as pessoa que você não as vê, não se engane. Não pense que as deixou de amar. Você as ama. Aquele momento nostálgico que bate de vez em quando e que faz você rever fotos e vídeos antigos nada mais é que uma demonstração de afeto. Saudade de um tempo bom, que certamente não voltará mais. Saudade da significância que aquela pessoa trouxe à sua vida, das experiências trocadas e de como ela agregou ao que você é hoje.
Ainda sim, o tempo pode fazer coisas inexplicáveis. O destino pode surpreender você e aquela pessoa. Seus erros ou os dela ou o erro de ambos os lados podem fazer as coisas se desgastarem. O sentimento pode até morrer, mas o passado, este ninguém apaga. E ainda que vocês não se amem mais, o respeito por um ter feito parte da vida do outro permanecerá, fazendo com que vocês ainda sejam pessoas especiais.